Portugal vivia uma
situação delicada após a morte de D. Sebastião na trágica derrota em Alcácer
Quibir. O último filho varão da casa de Avis vivo era D. Henrique. Este novo
herdeiro foi aclamado rei a 28 de Agosto de 1578, com uma idade já avançada de
66 anos.
A conjuntura portuguesa
era bastante precária uma vez que a coroa se encontrava endividada devido às
expedições portuguesas na costa marroquina, a nobreza encontrava-se em sérias
dificuldades devido às perdas no Norte de África e o espírito da população, de
forma colectiva, estava abalado e temia algumas profecias que começavam a tomar
lugar no seio da população mais humilde. Para combater este espírito D.
Henrique ordenou a procissões, onde se mostrava por diversas vezes para
tranquilizar os cidadãos. Logo após a tomada de posse D. Henrique procedeu a
uma remodelação administrativa substituindo todos os conselheiros e os maus
servidores por membros seus favoráveis.
Outras das situações
mais graves de serem resolvidas, prendia-se com o facto de centenas de
portugueses se encontrarem cativos em prisões no Norte de África. Para resolver
este problema foram enviados embaixadores e frades para discutir as opções de
resgate dos nobres portugueses. Ao longo dos restantes 18 meses a maioria dos
fidalgos foi regressando a Portugal. Os portugueses mais pobres, foram sendo
resgatados através da venda das joias da coroa e de alguns bispos.
D. Henrique ainda
tentou pedir dispensa das ordens sacerdotais ao Papa Gregório XIII. O Papa não
aceitou a dispensa das ordens sacerdotais, uma vez que fazia parte da família
dos reis de Espanha, principais interessados na coroa portuguesa.
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