domingo, 5 de maio de 2013

Crises do Capitalismo


Ao longo de todo o século XIX deu-se uma expansão industrial, económica e financeira, todavia este crescimento económico ocorreu de forma instável registando-se crises ao longo do século.
Ao analisarmos a economia deste século (trent secular), registamos uma evolução positiva, mas se olharmos para a economia em ciclos mais curtos (5, 10 e 50 anos) podemos registar flutuações no crescimento. Ao longo do século geraram-se crises económicas que afetaram as diversas indústrias assim como a qualidade de vida da população.
No século XIX temos pela primeira vez crises cíclicas criadas pelas próprias condições de vida deste século (crises do capitalismo). Temos crises de superprodução, na qual, existe uma produção muito superior à procura:
  • Excesso de produção – a oferta excedia a procura.
  • Acumulação de stocks, conduzindo a uma deflação nos preços pois existia uma grande quantidade de produtos, levando os produtores a baixar o preço para poder escoar os seus produtos.
  • Diminuição das vendas, obrigando as empresas a cortar nas despesas.
  • Aumento do desemprego ou lockout, as empresas despediam parte dos seus trabalhadores ou reduziam os horários pois eram obrigadas a diminuir a produção.
  • Falências – muitas empresas faliam ou eram compradas por grandes grupos que através destas crises fortaleciam o seu poder no mercado.
  • Esta crises foram bastante frequentes o longo do século XIX. Muitos dos grandes grupos empresariais (concentrações verticais) saiam fortalecidos destas crises pois adquiriam indústrias e outras empresas a preços reduzidos tendo um maior controlo do mercado (monopólio).
O século XIX foi também marcado por crises de subsistência (crises ocorridas em economias pré-industriais):
  • Agricultura como setor económico predominante.
  • Escassez de produção, uma vez que, a produção é arcaica e tradicional estando dependente do clima.
  • Dependência do clima conduzindo a maus anos agrícolas.
  • Aumento dos preços dos produtos conduzindo à fome e a um aumento da mortalidade.
  • Aumento dos salários pois os trabalhadores são menos, logo a mão-de-obra é mais reduzido por isso mais cara.

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